Buscando alinhamento entre os poderes Executivo e Legislativo, Leonardo Rêgo e Eraldo Alves cultivam boa convivência institucional.

Ao que parece, o tradicional radicalismo evidenciado nos últimos anos pelos grupos de oposição e situação em Pau dos Ferros foi atenuado ou, pelo menos, aparentemente, não ultrapassou os limites que separam as questiúnculas políticas das discussões civilizadas em nome do desenvolvimento do município.

Talvez, essa seja a melhor explicação para um fato concreto na atual conjuntura política local: a reaproximação entre o prefeito Leonardo Rêgo (DEM) e o presidente do Legislativo, Eraldo Alves (PSD), que por vários anos defendeu a bandeira política do atual gestor municipal.

Só para contextualizar, salientamos que, na semana passada, dentro da sua atual postura de abertura de diálogo com os vereadores, o prefeito Leonardo Rêgo foi até a sede do Poder Legislativo esclarecer junto ao presidente Eraldo Alves pontos cruciais de alguns projetos de extrema importância para a população, oriundos do Poder Executivo, e que estão tramitando na Casa. 

No entanto, este encontro a portas fechadas na 'Casa do Povo' gerou inúmeros "burburinhos" nas conversas de esquinas e calçadas. Todavia, o caráter institucional da visita foi suscitado por ambos para acalmar os mais desconfiados.

Pois bem. Agora, outro encontro. Desta vez, foi Eraldo Alves que resolveu retribuir a "gentileza institucional" realizando uma visita a Leonardo Rêgo na sede do Poder Executivo, detalhe: às vésperas de votações importantes no plenário da Câmara Municipal. Tudo devidamente registrado e socializado nas redes sociais.


A princípio, sejamos sensatos, não há que se falar em entendimentos políticos a partir das posturas civilizadas adotadas publicamente pelo prefeito e o presidente da Câmara. Pelo menos, não neste momento. Nunca é demais lembrar que os poderes Executivo e Legislativo estão sob a égide de um democrático Estado de Direito. Portanto, é natural que os representantes das referidas instituições busquem uma relação amistosa, até para que os reais interesses do povo sejam preservados.

Porém, também seria insensatez (para não dizer inocência) imaginar que uma relação tão próxima, mesmo que propagada apenas como institucional, não gere desdobramentos emocionais, seja nos protagonistas destes acontecimentos ou entre os coadjuvantes que os cercam, até pelo fato de Leonardo e Eraldo terem sido grandes aliados num passado recente.

Contudo, apesar das indagações que fazem "comichão" nas mentes de alguns que adoram conjecturar cenários, especular posturas e vislumbrar hipotéticos acontecimentos futuros na política pau-ferrense, frise-se que o mais importante é levarmos em consideração que, apesar da grave crise institucional que o Brasil atravessa, estamos constatando a partir de Pau dos Ferros que ainda é possível se promover a boa política em favor da coletividade, e sem a influência mesquinha de sentimentos ligados à politicagem rasteira.

Que o exemplo de civilidade institucional perdure, pois, todos sairão ganhando! Quanto aos possíveis desdobramentos políticos? São inevitáveis. Aliás, fazem parte do processo natural democrático. Se culminarão com entendimentos ou não, caberá ao tempo a tarefa de revelar.

Mas, o que alguns integrantes de determinados segmentos da sociedade precisam entender, de verdade, é que se faz necessário incentivar as posturas maduras adotadas por parte dos representantes dos poderes Executivo e Legislativo, e não recriminar, pois são estas que realmente contribuem para o bem comum.

Em suma, é isto.